terça-feira, 27 de julho de 2010

ARQUITETURA DA FELICIDADE

AMEI ESSE TEXTO POIS JA ACONTECEU COMIGO...`Meses atras, me irritei profundamente ao ouvir,pela enesima vez, o que todos certamente ja ouviram.Gosto nao se discute. Depois de visitar um Imovel Comercial que havia projetado, me deparei com mudancas `ESTETICAS feitas pelo proprio GERENTE DO
estabelecimento sob a alegacao de que era necessaria uma Revitalizacao Estetica do Espaco. E alegando ter
autoridade suficiente, decretou o que deveria ser feito e ponto final. Sai de la com grande sensacao de impotencia, pois meu discurso Academico certamente nao encontraria eco diante de tao pragmaticamente consolidada. Mas posso afirmar, gosto se discute sim. O mais recente livro de Alain de Botton, suico radicalizado em Londres, adepto da Nova Filosofia, fala exatamente disso.
A Arquitetura da Felicidade (Rocco) esta no Ranking dos mais vendidos. O fato me parece alvissareiro,pois
trata-se de assunto de interesse,ate entao restrito aos ` iniciados.` A literatura, de maneira geral, trata
arquitetura como se fosse materia muito distante das necessidades e compreensao do cidadao. Naso sei se
por ignorancia ou egocentrismo,nos, arquitetos contemporaneos,nao fomos capazes de desenvolver um
discurso palpavel e claro capaz de esclarecer aos leigos conceitos basicos sobre a Boa Arquitetura (e do
Bom Design e Arte).
Pois Botom,surpreendentemente claro e fundamentado,analisa e da argumentos para possibilitar esse julgamento,sem pretender estabelecer normas simplistas e superficiais. Analisando aspectos da Filosofia,Psicologia e Historia da Arquitetura,traca parametros para o debate (considerado inutil por muitos arquitetos e teoricos) acerca da beleza arquitetonica e do que isso representou e representa para o homem
civilizado. A premissa para se acreditar na importancia da arquitetura e a nocao do que somos, queiramos
ou nao, pessoas diferentes em lugares diferentes e a conviccao de que cabe a arquitetura deixar bem claro
para nos quem poderiamos idealmente ser.
Por outro lado, repetindo a atitude dos filosofos estoicos, talvez nos vejamos argumentando que, em ultima
instancia, nao importa muito a aparencia dos predios, o que esta no eto ou como a parede e tratada confissoes
de desapego que se originam nao tanto de uma insensibilidade ao que e belo quanto do desejo de afastar a
tristeza que teriamos de enfrentar ficando expostos as muitas ausencias de beleza.
Interessante notar que por mais de mil anos descontinuos da historia oc idental, um predio bonito era sinonimo
de construcao classica. Os gregos deram origem ao estilo, os romanos o copiaram e desenvolveram e ,depois
de um intervalo de uns mil anos, as classes educadas da Italia renascentista o redescobriram. no Renascimento,
a ambicao codificadora atingiu o apogeu com a publicacao do `The Four Books of Arqhitecture` por Andrea Palladio,talvez a tentativa ocidental mais influente de expor de forma sistematica os segredos dos predios bem
sucedidos.
Vejo a revolucao industrial com novas tecnologias e materiais e a ideia de que a beleza estava nas solucoes
tecnicas e materiais e a ideia de que a beleza estava nas solucoes tecnicas, na busca de cumprir bem as funcoes
de abrigar e resolver as necessidades do homem.O homem

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